terça-feira, 28 de julho de 2015

Devaneios de um passado recente

O fundo
Foi
     Caindo
                 Sem
                        Perceber
                 Que
            No
Fundo
           Ninguém
                           Nos

                                  Vê

Velho Sonho
O velho sonho estava chateado,
afinal, fazia tempo que não era sonhado

Tão perseguido no passado,
agora não era nem sequer lembrado

Após refletir, acabou por ficar conformado:
Com o passar do tempo, 
alguns sonhos vão sendo trocados.

Dando forma
Tintas jogadas na tela
O excesso vai escorrendo
Da coisa sem forma
Uma imagem vai aparecendo

O pintor se assusta
Assusta-se com o que vê
"Como apareceste ai?
Não dei forma alguma a você!"

Mas agora não tem jeito
A obra está findada e o autor nem sequer notou
que o que estava alojado em seu coração
A sua arte violou


6 comentários:

  1. Bom dia Jonatas
    A tua criatividade poética encanta o leitor. Com sensibilidade ímpar você transforma em belas esculturas líricas palavras que poderiam ser simples mas que viram arte na sua exuberante poesia
    Um dia feliz meu amigo
    Beijos com carinho

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    1. Olá Gracita

      Fico muito agradecido pelas palavras motivadoras. A poesia não está presente nos textos, mas no seu poético olhar.

      Beijo

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  2. E assim seguimos nós, autores de nossas vidas, sem notar que a arte de viver nos faz cair, abandonar sonhos e dá, por si mesma, nova forma aquilo que um dia fomos nós.

    Deixei uma réplica em “Corporal”, belas crônicas meu amigo. Quanto ao blog, vi seu contato e te mandei um e-mail.

    Felicidades

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    1. Novas formas sim, mas espera-se que nunca a quebra de essência.

      Abraço

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