sábado, 26 de janeiro de 2019

Quando as paredes falam I

(Fotografias extraídas da internet)


Às vezes as paredes te convidam a refletir


Noutras te desejam coisas boas e sinceras


Algumas de suas afirmações podem soar cruas, frias.


Outras um tanto quanto dolorosas.


Algumas paredes vêm alertar.


Algumas fazem boas propostas.


Há aquelas cujo intuito é esbofetear.


Há aquelas otimistas.


E aquelas que nem tanto...


Algumas paredes fazem convites no mínimo interessantes.


Muitos destes convites deveriam ser aceitos.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Prisioneiro do passado


Clamava por liberdade, sem perceber que havia aprisionado a si mesmo.
E o pior: fizera nós indissolúveis.


Danos colaterais

Viram o estrago feito assim que findou a colheita.
Teriam destruído sua própria casa?
-Somos invasores e depredadores do nosso próprio planeta.

Lecionar


Preparava tudo com muita atenção e carinho...
Apesar disso, não raro via-se falando e aprendendo sozinho...

domingo, 13 de janeiro de 2019

Areias e (ou ao) vento

Inspiração para esta poesia. Fotografia de Luciana Perli.

As pegadas, impressões na areia,
Denotam por onde passou
Acompanhadas, revelam a trajetória
Do ponto de chegada àquele onde tudo começou

Basta, no entanto, o vento soprá-las,
Para que se apaguem por completo
Então a areia, a terra, superfície lisa,
Tabula rasa, terá esquecido todo o resto

Assim se apagam as pegadas de todos os demais animais
Somos nós, “seres” humanos, que costumamos deixar coisas para trás
Impressões mais fortes, mais duradouras,
Mas não tão resistentes a ponto de se tornarem eternas

Nossas “pegadas”, nossas obras, o que fica quando nos vamos,
Revelam mais do que apenas os caminhos por nós percorridos
Trazem à tona a nossa essência, aspirações, ambições, reflexões,
Medos, crenças, sentimentos, sonhos, sorrisos

A areia, a vida; o vento, o tempo.
Nós, apenas breves impressões na areia da vida
Aqui apagados para sempre, pelo vento do tempo,
Para, em breve, rumo à eternidade,
Nos encontrarmos, além do esquecimento terrestre,
Em direção a terras mais frutíferas
E brisas mais amenas

Quem sabe não nos juntemos à areia
E ajudemos a soprar o vento?


Poesia participante da exposição fotográfica "Diálogos visuais", de Luciana Perli, que compôs a programação da 6ª edição da Feira do Livro de São Francisco do Sul - SC. Mais informações em: http://www.saofranciscodosul.sc.gov.br/noticia/5700